segunda-feira, 15 de março de 2010

Obesidade



As necessidades do nosso dia-a-dia transformaram completamente a nossa alimentação durante os anos. Diferentemente de décadas atrás, quando existia uma disponibilidade de tempo maior e podíamos nos alimentar de forma saudável, hoje estamos condicionados a uma alimentação rápida, imediata, previamente preparada, pois não temos tempo para sentarmos à mesa e apreciar um alimento saudável. E a culpa é de quem? Nossa. Pagamos pela nossa evolução tecnológica, pela nossa dedicação ao trabalho. Nosso organismo paga por isso. Há algumas décadas, era muito difícil a existência de pessoas obesas. A alimentação era mais equilibrada, o trabalho era mais braçal, o stress era menor. Provavelmente as pessoas que eram obesas no início do século XX tinham uma influência genética para tal. Não era propenso que alguém ficasse obeso devido ao seu comportamento em geral. Hoje a situação é bem diferente. Continua a pré-disposição genética para alguns indivíduos, porém agora todos nós somos bombardeados por situações que fazem com que esta doença possa ser desenvolvida. A obesidade possui três níveis, sendo a mais problemática a obesidade 3, ou obesidade mórbida. Uma pessoa é classificado como obeso nível 3 quando seu índice de massa corporal (IMC) é superior a 45, sendo a taxa de normalidade entre 19 e 25. A pessoa que está neste nível é considerada portadora de uma doença, portadora de obesidade mórbida. Ninguém chega neste ponto de um dia para outro. É uma questão de tempo, porém nem tanto assim, afinal de contas existem inúmeras crianças obesas. São poucos anos de maus hábitos. Péssimos hábitos. Diria que o pior deles é a alimentação desregrada, repleta de alimentos prejudiciais à nossa saúde. Massas em excesso, carne vermelha, déficit de frutas e verduras, fast-food (Com o perdão da palavra e do trocadilho: Fodas rápidas) tudo isso potencializa uma situação de ganho de peso. Somado ao fato da situação de sedentarismo, ao desleixe com a prática de exercícios, existiram mais fatores a favor da obesidade do que contra. Ela é uma das doenças que mais causam mortes hoje em dia, e grande parte da população está se transformado em adultos obesos. Junto com a obesidade, outras doenças serão desenvolvidas em decorrência da mesma. Hipertensão arterial é uma delas. Este acumulo de gorduras irá prejudicar a vascularização periférica, exigindo um maior esforço do nosso coração no bombeamento de sangue, o que terá como conseqüência um aumento da pressão arterial. Outras doenças possuem relação com a obesidade. Diabetes, arteriosclerose, dislepidemias, cardiopatias, para citar as mais conhecidas. De uma forma geral, a obesidade trás inúmeras limitações as pessoas. Um simples lance de escadas se transformará num martírio, numa dificuldade gigante. Quando alguém chega neste ponto, muitas vezes o exercício físico ajudará pouco na perda de peso, até porque a intensidade e o volume aplicado deverão ser baixos, pois a condição se saúde da pessoa não será das melhores. É óbvio que a atividade física terá a sua importância, pois irá alterar o metabolismo do seu praticante, promovendo uma queima calórica maior. Mas o fator principal será a dieta balanceada, que neste caso será uma restrição calórica grande. Muitos recorrem à cirurgia bariátrica (redução de estômago) para emagrecer, mas esse é a última chance do individuo, o ultimo artifício, e realmente dependendo do grau de obesidade que se apresenta, é única saída. O ideal é a prevenção, é não deixarmos que chegue-se neste ponto. A adoção de hábitos alimentares saudáveis mais a manutenção de uma atividade física regular diminuem consideravelmente as chances de desenvolvimento da doença. Enquanto não existir a compreensão que medidas preventivas são mais baratas e fáceis que medidas corretivas, continuaremos com uma ascensão da doença. Não existe segredo para isto, está cientificamente comprovado que, tirando questões genéticas, a obesidade é um mau adquirido, normalmente, em decorrência ao estilo de vida da pessoa.